quarta-feira, 27 de março de 2013

Primeiro Sorteio do Blog !!!

Este será o primeiro de muitos sorteios e concursos que serão feitos aqui no Luxos de Mary

Que delicia ! O que você está esperando?

Depois de compartilhar esse link na sua timeline do FACEBOOK, CLIQUE AQUI no  FORMULÁRIO DE PARTICIPAÇÃO  e escreva seu NOME e E-MAIL (não será divulgado nem utilizado para envio de propaganda). Leia instruções abaixo.




É muito facil concorrer: 

- compartilhe esse post na timeline do seu Facebook (aqui ao lado tem a o link ou então copie e cole)
- preencha o formulário abaixo ATÉ 7 DE ABRIL. O sorteio será realizado no dia 8 de abril através do www.random.org.


BÔNUS:
Se tiver divulgado no seu Twitter e for a sorteada, você ganhará a pulseira + 2 brindes surpresa!

CLIQUE AQUI no  FORMULÁRIO DE PARTICIPAÇÃO  e escreva seu NOME e E-MAIL (não será divulgado nem utilizado para envio de propaganda)


terça-feira, 26 de março de 2013

Pulseiras de mão

Lembram do post que publiquei em 11 de janeiro falando dos Hand Palm Bracelet ou Pulseiras de mão?


Tem uma giria que diz "paguei lingua", conhecem?

Pois bem, "paguei lingua". Disse que do jeito que sou estabanada não aguentaria ficar com uma pulseira de mão por muito tempo e não é que consegui? Não me incomoda nem atrapalha nem um pouco!

Vejam minhas pulseiras. Gostaram? Estou pensando em sortear uma de crucifixo em breve (comprei duas identicas pensando nisso). Comentem !




















sexta-feira, 22 de março de 2013

Assinei nova box: SpecialBox

A SpecialBox de maio/13 somente conterá apenas maquiagem.

Serão 5 produtos full-size.  Edição limitada.

Se você quiser assinar esta ou outra GlossyBox (Beauty ou Premium) clique aqui:

http://www.glossybox.com.br/referal?CI=MTQ2NTc=

Quando eu receber a minha posto aqui no blog.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Creme Belga



Minha mãezinha fazia uma sobremesa divina chamada CREME BELGA que lhe foi ensinada há muitos anos atrás pela minha tia Dida.


Resolvi pegar a forma e seguir a receita que encontrei no caderno de receitas prediletas dela.


Ficou uma delicia! 





















A RECEITA



1 lata de leite condensado

1 colheres de sopa de amido de milho

3 unidades de gema de ovo

1 caixinha de gelatina sabor morango

1 copo de suco de laranja

2 latas de leite

3 unidades de clara de ovo em neve



Leva-se ao fogo o leite condensado, o leite, as gemas e o amido de milho. Misture até engrossar.  Depois do creme pronto, coloca-se num refratário.

Desmancha-se a gelatina com dois copos de água quente.
Com as claras  bate-se um suspiro e adiciona-se à gelatina e ao suco de laranja. Deixe esfriar.

Por cima, a gelatina já misturada ao suspiro e ao suco de laranja.

Ponha na geladeira até endurecer a gelatina.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Meu astral melhorou: A Batalha dos Cabelos

Não faz meu gênero ficar me lamentando até porque sei que cada um tem seus próprios problemas.

Mas o fato é que ando em uma montanha-russa emocional desde o inicio do ano passado por conta da doença e posterior falecimento da minha mãezinha. De tempos em tempos eu sinto um imenso buraco no peito e até procuro me afastar das pessoas para não incomodá-las.

E estava assim nas ultimas semanas.

Domingo acordei e resolvi sair dessa fase. Assisti ao primeiro Ângelus do Papa Francisco I, tomei aquele banho, incensei a casa toda, me maquiei um pouquinho e tcham tcham... Me senti leve e com o coraçãozinho melhor.

E vcs hão de me perguntar: o que o titulo do post tem a ver com tudo isso?

A Batalha dos Cabelos é uma promoção de um fabricante de shampoo e condicionador ainda não divulgado. Recebi amostras nas minhas caixinhas de assinatura GlossyBox e resolvi aproveitar e usar.  Não é que minhas madeixas ficaram bem sedosas, lisas e com brilho? Como aqui no blog eu expresso apenas minhas opiniões, saibam que gostei muito. Estou bastante acostumada a usar produtos bem bacanas para minhas madeixas. Trato mesmo com  muito orgulho. Como uso tinta, tenho cuidado extra. Hidrato 3 vezes por semana em casa e com muita frequência no salão. Não tenho problemas de queda até por conta desse cuidado todo. Torço sinceramente para continuarem com o padrão apresentado nas amostras. Gostei bastante. Merece meu sincero elogio!

Em tempo: acabei de descobrir quem é o fabricante e qual é o produto. GARNIER. Parabéns Garnier! Nunca tinha usado nada desta marca.

Vejam o resultado abaixo (não fiz escova, sequei ao natural com a escova abaixo mostrada. É aquela escova própria para secar passando nos cabelos molhados, chama-se Goody QuikStyle Paddle Brush ) e também os produtinhos que usei na make bem basica. Não sou expert em maquiagem e nem tenho paciência!



GlossyBoxes de fevereiro ou março/13 ???

Não entendi nadinha...

Já havia postado aqui as GlossyBox de fevereiro mas agora em março quando as recebi, ambas vieram com um cartãozinho (aquele em que é mencionado tudo que contém cada caixinha) onde está escrito CARNAVAL !

????

Ambas as boxes vieram com um kit chamado #Batalha dos Cabelos contendo um frasco de shampoo e outro de condicionador de uma marca ainda não divulgada. Curiosa e também louquinha por produtos para minhas madeixas já testei e vou fazer um post sobre o resultado em minhas madeixas.  Agora resta saber quem será o fabricante por trás deste novo lançamento para matar a curiosidade...



sábado, 16 de março de 2013

Tachinhas: minhas invencionices

Até o presente momento (nunca podemos dizer "Dessa água não beberei") tudo que aqui eu posto retrata fielmente minhas próprias opiniões a respeito de algum produto ou fato. Não sou paga para fazer anúncio. Então o que vou comentar aqui saibam que é alegria genuína de quem descobriu um site, comprou, recebeu e ficou imensamente feliz com a compra.

Semana passada inventei que tinha que colocar umas tachinhas em uma bermuda. Pesquisei e encontrei o FLOR DA LU . Comprei as danadinhas e as mesmas foram entregues hoje, sábado, e ainda junto veio um mimo (balinhas dentro de um saquinho. Que cortesia! Me senti mimada com o carinho). No site também tem lindos produtos já prontos para aquelas que não tem muitas habilidades artisticas.

Não preciso nem comentar que logo logo comecei minhas invenciones. Essas duas (bermuda e jaquetinha) são as primeiras de muitas. Estou procurando um tênis para aplicar novas tachinhas agora...



sexta-feira, 15 de março de 2013

Tendência em Bijoux: Ear Cuff

Você sabe o que é EAR CUFF ?

É um brinco que ocupa quase a orelha toda.

Nova tendência de moda em bijoux, se você der uma olhadinha na internet verá que já tem inúmeros modelos. Eu tenho minhas restrições porque além de ser alérgica sou muito estabanada e imagino que prenderia o cabelo no brinco a todo momento...kkkk. Talvez me arriscaria em um modelito mais simples, não sei...






segunda-feira, 4 de março de 2013

Tendência em Bijoux: crucifixo

As tendências em bijoux para o outono/inverno 2013 apostam em um ar mais religioso, divino e espiritual.

Crucifixos, terços e medalhas serão muito usados. Eu mesma vou deixar minha coleção de caveirinhas descansando na gaveta e já comecei uma nova coleção hoje.

Comprei duas pulseiras (uma dourada com pedrinhas e outra em bronze) e esse cordão nas duas próximas fotos. E em seguida alguns outros modelos que vi.














































































E você? Gostou e vai usar também?

sexta-feira, 1 de março de 2013

Leitura do momento: Guia Politicamente Incorreto da América Latina

Mal tendo terminado a leitura da excelente biografia Giane (Guilherme Fiuza), do primeiro livro da trilogia 50 tons e da série Toda Sua (Silvia Day), comecei imediatamente a ler um dos Best Sellers do momento! 

O livro GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA HISTÓRIA DO BRASIL, escrito pelo Leandro Narloch. ESTOU ADORANDO !






















EXISTE UM ESQUEMA tão repetido para contar a história do Brasil, que basta misturar chavões, mudar datas ou nomes, e pronto. Você já pode passar em qualquer prova de história na escola. Nesse livro, o jornalista Leandro Narloch prefere adotar uma postura diferente – que vai além dos mocinhos e bandidos tão conhecidos. Ele mesmo, logo no prefácio, avisa ao leitor: “Este livro não quer ser um falso estudo acadêmico, como o daqueles estudiosos, e sim uma provocação. Uma pequena coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis, escolhidas com o objetivo de enfurecer um bom número de cidadãos.” É verdade: esse guia enfurecerá muitas pessoas. Porém, é também verdade que a história, assim, fica muito mais interessante e saborosa para quem a lê.

Narloch é ex-jornalista da revista Veja e editor da revista Superinteressante. No livro, Narloch defende, através de pesquisas históricas, que grande parte das máximas defendidas por estudiosos da história do Brasil são irreais ou distorcidas. Algumas das afirmações feitas no livro defendem que Santos Dumont não foi o inventor do avião, que Zumbi dos Palmares tinha escravos, que os portugueses ensinaram os índios brasileiros a preservar as florestas, entre outras.

Ele também é um dos autores de: Guia Politicamente Incorreto da América Latina e Guia Politicamente Incorreto da Filosofia 


Um trecho para você ler:

Cinco verdades que você não deveria conhecer
Em 1646, os jesuítas que tentavam evangelizar os índios no Rio de Janeiro tinham um problema. As aldeias onde moravam com os nativos ficavam perto de engenhos que produziam vinhos e aguardente. Bêbados, os índios tiravam o sono dos padres. Numa carta de 25 de julho daquele ano, Francisco Carneiro, o reitor do colégio jesuíta, reclamou que o álcool provocava "ofensas a Deus, adultérios, doenças, brigas, ferimentos, mortes" e ainda fazia o pessoal faltar às missas. Para acabar com a indisciplina, os missionários decidiram mudar três aldeias para um lugar mais longe, de modo que não ficasse tão fácil passar ali no engenho e tomar umas. Não deu certo. Foi só os índios e os colonos ficarem sabendo da decisão para se revoltarem juntos. Botaram fogo nas choupanas dos padres, que imediatamente desistiram da mudança.
Os anos passaram e o problema continuou. Mais de um século depois, em 1755, o novo reitor se dizia contrariado com os índios por causa do "gosto que neles reina de viver entre os brancos". Era comum fugirem para as vilas e os engenhos, onde não precisavam obedecer a tantas regras. O reitor escreveu a um colega dizendo que eles "se recolhem nas casas dos brancos a título de os servir; mas verdadeiramente para viver a sua vontade e sem coação darem-se mais livremente aos seus costumados vícios". O contrário também acontecia. Nas primeiras décadas do Brasil, tantos portugueses iam fazer festa nas aldeias que os representantes do reino português ficaram preocupados. Enquanto tentavam fazer os índios viver como cristãos, viam os cristãos vestidos como índios, com várias mulheres e participando de festas no meio das tribos. Foi preciso editar leis para conter a convivência nas aldeias. Em 1583, por exemplo, o conselho municipal de São Paulo proibiu os colonos de participar de festas dos índios e "beber e dançar segundo seu costume". 2
Os historiadores já fizeram retratos bem diversos dos índios brasileiros. Nos primeiros relatos, os nativos eram seres incivilizados, quase animais que precisaram ser domesticados ou derrotados. Uma visão oposta se propagou no século 19, com o indianismo romântico, que retratou os nativos como bons selvagens donos de uma moral intangível. Parte dessa visão continuou no século 20. Historiadores como Florestan Fernandes, que em 1952 escreveu A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá , montaram relatos onde a cultura indígena original e pura teria sido destruída pelos gananciosos e cruéis conquistadores europeus.
Os índios que ficaram para essa história foram os bravos e corajosos que lutaram contra os portugueses. Quando eram derrotados e entravam para a sociedade colonial, saíam dos livros. Apesar de tentar dar mais valor à cultura indígena, os textos continuaram encarando os índios como coisas, seres passivos que não tiveram outra opção senão lutar contra os portugueses ou se submeter a eles. Surgiu assim o discurso tradicional que até hoje alimenta o conhecimento popular e aulas da escola. Esse discurso nos faz acreditar que os nativos da América viviam em harmonia entre si e em equilíbrio com a natureza até os portugueses chegarem, travarem guerras eternas e destruírem plantas, animais, pessoas e culturas.
Na última década, a história mudou outra vez. Uma nova leva de estudos, que ainda não se popularizou, toma a cultura indígena não como um valor cristalizado. Sem negar as caçadas que os índios sofreram, os pesquisadores mostraram que eles não foram só vítimas indefesas. A colonização foi marcada também por escolhas e preferências dos índios, que os portugueses, em número muito menor e precisando de segurança para instalar suas colônias, diversas vezes acataram. Muitos índios foram amigos dos brancos, aliados em guerras, vizinhos que se misturaram até virar a população brasileira de hoje. "Os índios transformaram-se mais do que foram transformados", afirma a historiadora Maria Regina Celestino de Almeida na tese Os Índios Aldeados no Rio de Janeiro Colonial , de 2000. As festas e bebedeiras de índios e brancos mostram que não houve só tragédias e conflitos durante aquele choque das civilizações. Em pleno período colonial, muitos índios deviam achar bem chato viver nas tribos ou nas aldeias dos padres. Queriam mesmo era ficar com os brancos, misturar-se a eles e desfrutar das novidades que traziam.
O contato das duas culturas merece um retrato ainda mais distinto, até grandiloquente. Quando europeus e ameríndios se reencontraram, em praias do Caribe e do Nordeste brasileiro, romperam um isolamento das migrações humanas que completava 50 mil anos. É verdade que o impacto não foi leve – tanto tempo de separação provocou epidemias e choques culturais. Mas eles aconteceram para os dois lados e não apagam uma verdade essencial: aquele encontro foi um dos episódios mais extraordinários da história do povoamento do ser humano sobre a Terra, com vantagens e descobertas sensacionais tanto para os europeus quanto para centenas de nações indígenas que viviam na América. Um novo ponto de vista sobre esse episódio surge quando se analisa alguns fatos esquecidos da história de índios e portugueses.
Quem mais matou índios foram os índios
Uma das concepções mais erradas sobre a colonização do Brasil é acreditar que os portugueses fizeram tudo sozinhos. Na verdade, eles precisavam de índios amigos para arranjar comida, entrar no mato à procura de ouro, defender-se de tribos hostis e até mesmo para estabelecer acampamentos na costa.
Descer do navio era o primeiro problema. Os comandantes das naus europeias costumavam escolher bem o lugar onde desembarcar, para não correr o risco de serem atacados por índios nervosos e nuvens de flechas venenosas. Tanto temor se baseava na experiência. Depois de meses de viagem nas caravelas, os navegadores ficavam mal nutridos, doentes, fracos, famintos e vulneráveis. Chegavam a lugares desconhecidos e frequentemente tinham azar: levavam uma surra e precisavam sair às pressas das terras que achavam ter conquistado. Acontecia até de terem que mendigar para arranjar comida, como na primeira viagem de Vasco da Gama 3 à Índia, em 1498.
O tratamento foi diferente no Brasil, mas nem tanto. Os portugueses não eram seres onipotentes que faziam o que quisessem nas praias brasileiras. Imagine só. Você viaja para o lugar mais desconhecido do mundo, que só algumas dúzias de pessoas do seu país visitaram. Há sobre o lugar relatos tenebrosos de selvagens guerreiros que falam uma língua estranha, andam nus e devoram seus inimigos – ao chegar, você percebe que isso é verdade. Seu grupo está em vinte ou trinta pessoas; eles, em milhares. Mesmo com espadas e arcabuzes, sua munição é limitada, o carregamento é demorado e não contém os milhares de flechas que eles possuem. Numa condição dessas, é provável que você sentisse medo ou pelo menos que preferisse evitar conflitos. Faria algumas concessões para que aquela multidão de pessoas estranhas não se irritasse.
Para deixar os índios felizes, não bastava aos portugueses entregar-lhes espelhos, ferramentas ou roupas. Eles de fato ficaram impressionados com essas coisas (veja mais adiante) , mas foi um pouco mais difícil conquistar o apoio indígena. Por mais revolucionários que fossem as roupas e os objetos de ferro europeus, os índios não viam sentido em acumular bens: logo se cansavam de facas, anzóis e machados. Para permanecerem instalados, os recém-chegados tiveram que soprar a brasa dos caciques estabelecendo alianças militares com eles. Dando e recebendo presentes, os índios acreditavam selar acordos de paz e de apoio quando houvesse alguma guerra. E o que sabiam fazer muito bem era se meter em guerras.
O massacre começou muito antes de os portugueses chegarem. As hipóteses arqueológicas mais consolidadas sugerem que os índios da família linguística tupi-guarani, originários da Amazônia, se expandiam lentamente pelo Brasil. Depois de um crescimento populacional na floresta amazônica, teriam enfrentado alguma adversidade ambiental, como uma grande seca, que os empurrou para o Sul. À medida que se expandiram, afugentaram tribos então donas da casa. Por volta da virada do primeiro milênio, enquanto as legiões romanas avançavam pelas planícies da Gália, os tupis-guaranis conquistavam territórios ao sul da Amazônia, exterminando ou expulsando inimigos. 4 Índios caingangues, cariris, caiapós e outros da família linguística jê tiveram que abandonar terras do litoral e migrar para planaltos acima da serra do Mar.
Em 1500, quando os portugueses apareceram na praia, a nação tupi se espalhava de São Paulo ao Nordeste e à Amazônia, dividida em diversas tribos, como os tupiniquins e os tupinambás, que disputavam espaço travando guerras constantes entre si e com índios de outras famílias linguísticas. Não se sabe exatamente quantas pessoas viviam no atual território brasileiro – as estimativas variam muito, de 1 milhão a 3,5 milhões de pessoas, divididas em mais de duzentas culturas. Ainda demoraria alguns séculos para essas tribos se reconhecerem na identidade única de índios, um conceito criado pelos europeus. Naquela época, um tupinambá achava um botocudo tão estrangeiro quanto um português. Guerreava contra um tupiniquim com o mesmo gosto com que devorava um jesuíta. Entre todos esses povos, a guerra não era só comum – também fazia parte do calendário das tribos, como um ritual que uma hora ou outra tinha de acontecer. Sobretudo os índios tupis eram obcecados pela guerra. Os homens só ganhavam permissão para casar ou ter mais esposas quando capturassem um inimigo dos grandes. Outros grupos acreditavam assumir os poderes e a perspectiva do morto, passando a controlar seu espírito, como uma espécie de bicho de estimação. Entre canibais, como os tupinambás , prisioneiros eram devorados numa festa que reunia toda a tribo e convidados da vizinhança.
Com a vinda dos europeus, que também gostavam de uma guerra, esse potencial bélico se multiplicou. Os índios travaram entre si guerras duríssimas na disputa pela aliança com os recém-chegados. Passaram a capturar muito mais inimigos para trocar por mercadorias. Se antes valia mais a qualidade, a posição social do inimigo capturado, a partir da conquista a quantidade de mortes e prisões ganhou importância. Por todo o século 16, quando uma caravela se aproximava da costa, índios de todas as partes vinham correndo com prisioneiros – alguns até do interior, a dezenas de quilômetros. Os portugueses, interessados em escravos, compravam os presos com o pretexto de que, se não fizessem isso, eles seriam mortos ou devorados pelos índios. Em 1605, o padre Jerônimo Rodrigues, quando viajou ao litoral de Santa Catarina, ficou estarrecido com o interesse dos índios em trocar gente, até da própria família, por roupas e ferramentas:
Tanto que chegam os correios ao sertão, de haver navio na barra, logo mandam recado pelas aldeias para virem ao resgate. E para isso trazem a mais desobrigada gente que podem, scilicet , moços e moças órfãs, algumas sobrinhas, e parentes, que não querem estar com eles ou que os não querem servir, não lhe tendo essa obrigação; a outros trazem enganados, dizendo que lhe farão e acontecerão e que levarão muitas coisas [...]. Outro moço vindo aqui onde estávamos, vestido em uma camisa, perguntando-lhe quem lha dera, respondeu que vindo pelo navio dera por ela e por alguma ferramenta um seu irmão; outros venderam as próprias madrastas, que os criaram, e mais estando os pais vivos.

Perfumes

Minha coleção de perfumes comprados na ultima viagem só aumentou mais um pouquinho.
Também fui bem comedida neste quesito!